Um abismo chamando outro

Em 2 Sam. 11, numa época em que os reis saíam para as guerras, Davi acordou tarde em sua confortável mansão e sem perceber seu erro, foi para a sacada apreciar a paisagem. Viu uma linda mulher tomando banho e a desejou.

Ali começava uma série de erros que feriram pessoas e que desagradaram a Deus.

Davi engravidou a mulher, tentou fazer que o esposo (Urias) se deitasse com ela afim de encobrir seu erro. Como isso não foi possível, enviou o pobre para o lugar mais sangrento da batalha, para que morresse.

Ao saber da morte de várias pessoas, incluindo de Urias, verbalizou a frase, talvez, mais irônica de sua vida:

“A espada não escolhe a quem devorar” (2 Sam. 11.25).

Essa justificativa foi apenas um detalhe no meio de tanta injustiça que Davi cometeu.
Assim, acontece conosco. Justificamos nossos erros e tomamos como tragédia as consequências do que escolhemos fazer. Um erro precisará de muitos outros para encobrí-lo, não ficará restrito a apenas um. Chamará outro e mais outro. E vamos nos enrolando num novelo sem fim. Porém, Deus não deixará impune. Com Davi, levantou o profeta que o desmascarou e as consequências, por ele proferidas, alcançaram seus descendentes.

Que possamos ser coerentes com a Palavra, e colocar um ponto final no pecado. Que paremos de justificar e de procurar naturalizar os efeitos das nossas escolhas.

E que possamos orar assim:

“Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço! Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não me dominem! Sl. 19.12,13.

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