Estratégia de fuga

Minha filha caçula tem 15 anos e gosta muito de esportes. Já fez caiaque polo, beisebol, muay Tai e atualmente faz natação, musculação e jiu jitsu.

Maria Eduarda sendo graduada

Uma amiga mais velha lhe disse pra ficar atenta, pois o esporte para ela pode ser uma fuga. E ela veio me contar isso, bem preocupada.

A tranquilizei dizendo que todos temos estratégias de fugas. Eu tenho a minha (bem parecida com a de Jonas: dormir), e a amiga também deve ter a dela…

Saber que algo tem sido usado como fuga da realidade pode nos ajudar a não permanecer tanto tempo alienados, no entanto, acredito ser uma estratégia de sobrevivência do ser humano procurar algo pra se esconder em momentos tensos. Lidar com essas fugas, sim é um desafio. Aceitar é o primeiro passo para tratar do assunto.

Jonas e sua estratégia de fuga

Jonas havia recebido uma ordem clara de Deus: falar dos pecados de Nínive e anunciar o juízo de Deus. (Cap. 1.1).

Jonas quis fugir de Deus. No final do Livro vemos que Jonas não queria que Deus tivesse misericórdia da cidade, e essa era uma grande possibilidade, pois Deus é bom.

Na debandada por Jonas de Deus e da missão, pegou um navio que ia na direção oposta, e como fuga dos seus sentimentos e emoções Jonas dormiu profundamente, enquanto o navio era açoitado por uma tempestade.

Jonas fugindo da vontade de Deus

Todos precisamos dormir. Enquanto dormimos o estresse diminui, o apetite é controlado, nosso raciocínio é estimulado e até as nossas células são renovadas. Porém, tem quem dorme de menos, e os que, como eu e Jonas têm a capacidade de dormir profundamente numa situação que exigiria uma tomada de decisão.

O destino de Jonas, já sabemos: ele era o culpado pela tempestade, foi jogado ao mar, engolido por um peixe, orou no Interior do peixe, foi vomitado na praia, pregou em Nínive, se entristeceu com o arrependimento da cidade e da misericórdia de Deus, e pediu para morrer.

Em busca do equilíbrio

Impressionante como a fuga pode nos levar a trazer perigo para outras pessoas como foi o caso da tripulação daquele navio. A fuga nos mantém na inércia, na desobediência e na omissão do que realmente seria nossa responsabilidade.

Tudo o que é demais atrapalha, seja no anseio da beleza física, do esporte demasiado, das horas a fios em redes sociais, comer sem limites, do trabalhar além do que nós é possível humanamente falando…

Os excessos causam muitos problemas, e precisamos identificar qual deles está nos dominando.

O domínio próprio, o equilíbrio e a moderação precisam ser nossa meta de vida: nada a mais, nada a menos — mas, na quantidade exata.

Por hoje, precisamos encarar os problemas de frente e fazer o que nos está proposto. As fugas nos tiram das responsabilidades pessoais e como cidadãos: nos levam a não colocar limites nos filhos porque dá trabalho, a não jejuar porque a cabeça dói, a não obedecer uma regra de trânsito porque custa tempo e etc. Enfrentar a vida é ‘pegar o boi pelo chifre’ é lutar até cansar e a não ser negligente.

Que Deus nos ajude!

“Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”.

2 Timóteo 1:7 NVI

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