Afrontas diárias: como enfrentar e vencer as lutas que travamos

“Durante quarenta dias o filisteu aproximou-se, de manhã e de tarde, e tomou posição” I Sam. 17.16.

O exército de Saul era um exército preparado. Tinha armas, roupas específicas e constituía de homens guerreiros. No entanto, ali, perante o exército dos Filisteus com o Golias à frente, nada parecia ser suficiente.

Afrontas Diárias

Todos os dias, Golias desfilava à frente deles e chamava alguém para lutar com ele; eram afrontas diárias. Golias via os israelitas apavorados fugirem de medo. Golias gostava disso. Gostava da forma que o exército de Israel tremia de medo. Golias afrontava dia e noite. E, conforme 1 Sam. 17.11: Ao ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados.

Tem situação que bate à nossa porta todos os dias. A mesma. O gigante desfila na nossa rua e nos chama para um duelo. Olhamos para nossa condição e gememos de medo. Todas as nossas forças e todos os nossos esforços parecem não serem suficientes. O gigante passa, faz tremer o chão, e estremece o nosso coração. Nos apavora e ficamos atônitos.

Há ocasiões em que o gigante se chama enfermidade. Uma luta sem fim. Plano de saúde caro, conhecimentos médicos e acesso aos medicamentos não resolvem e nem sempre trazem cura. Ora protelam a doença, ora trazem maiores complicações com os efeitos colaterais.

Talvez, sejam os problemas familiares. Aquele querido que insiste em andar perdido, ou os pais que estão envelhecendo, dizendo para nós que o tempo deles está findando.

As vezes, temos muita coragem para enfrentar situações externas, mas quando se trata de pormenores de sentimentos, feridas, assombros e temores internos, nos escondemos, choramos e ouvimos os passos do gigante no nosso quintal.

Paralisado pelo cansaço

Elias enfrentou os profetas de Baal, mas bastou uma ameaça de Jezabel e ele desejou morrer. Achou que o tempo já tinha findado, que já havia feito demais. Cansou.

Cansamos também. Infelizmente, o evangelho triunfalista nos impede de dizer o que sentimos. Declaramos palavras frias que saem da boca para fora, mas que nem nós mesmos acreditamos. Deus sabe como estamos lá dentro, mas não queremos que ninguém mais saiba. A religiosidade impede-nos de confessarmos uns aos outros para sermos curados. Impede-nos de dizer como Isaías: Ai de mim que estou perecendo!

Andamos marchando triunfalmente, até ouvirmos o desfile do gigante. Quando ele aparece, nos refugiamos na nossa religiosidade, na omissão da verdade, e tropeçamos em nossas próprias emoções. Temos um artigo que fala especificamente sobre o medo: “Vencendo o medo para viver novas aventuras

O gigante cairá quando tivermos a coragem de Davi, quando formos ao seu encontro com as estratégias por nós já conhecidas, e quando nos submetermos à orientação do Senhor da guerra.

Coragem para vencer

Dia após dia somos confrontados e desafiados, mas é preciso coragem para enfrentar Golias. É preciso ser audacioso e destemido para parar o gigante. Israel tinha muitas histórias de sucesso em guerra, mas estava paralisado frente aos filisteus.

Tem gritos de guerra que nos paralisam. Mexem conosco. Nos desestruturam e nos vemos passíveis frente a afronta. No entanto, Deus não desistiu de nós e não nos quer entregar aos filisteus. Deus quer nos conceder a vitória, e deseja nos encher de coragem para que saiamos do casulo, do conforto e da caverna e descemos para enfrentar aquele que desafia não somente a nós, mas que desafia o exército do Deus vivo.

Que neste dia, possamos ter a coragem de Davi. Que possamos nos lembrar das antigas guerras já vencidas, do leão e do urso que foi estraçalhado em nossas mãos e partirmos ao encontro com Golias. Com a força de Deus, a pedra atingirá a sua cabeça e ele cairá e a batalha será encerrada de forma grandiosa e triunfaremos perante o inimigo.

Não se deixe paralisar pelos gritos de guerra do inimigo. Não se deixe vencer pelas afrontas do gigante. Tenha coragem e lembre-se da fala de Davi:

Não é por espada e por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor! (1 Sm.17.47)

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